sexta-feira, 12 de junho de 2009

Morar sozinha foi uma escolha


Morar sozinha foi uma escolha.
Desde muito jovem sentia falta de individualidade, depois que meu esposo faleceu optei por viver só, e não me arrependo. Dizem por aí, que um é pouco dois é bom três é demais, para mim um já é bom demais. Fiquei sozinha depois de provar o casamento, mas considero a prevenção da individualidade muitíssimo valiosa. Não tenho nada contra o casamento, não tem nada de ruim, para mim foi bom enquanto ele durou. Amei meu marido e sempre o respeitei, tive meus filhos e os amo, tenho um óptimo relacionamento afectivo com eles e adoro isto, não fujo do convívio com minha família e dos amigos ao contrário angariei vários outros amigos no sentido generalizado, homens e mulheres, eles me solicitam e eu os solícitos também, mas gosto de ter momentos meus, não existe essa de ser solitária, no entanto às vezes tenho momentos de solidão, é comum á todos os seres viventes. Também tenho saudades do convívio com meus filhotes. Entretanto reconheço que eles têm que seguir em frente e viver a vida que escolheram. Reservo para eles momentos sagrados nas minhas orações.
Talvez seja egoísmo agir desta maneira, mas não é egoísmo não, é assim que penso. Se eu não me tivesse casado e não tivesse meus, e não tivesse tomado esse rumo, sentir-me-ia mínima, diminuída, acreditem. Afirmo com sinceridade que todos homens e mulheres têm o direito de se casar e ter filhos, antes de optarem por viver sós.

Rachel Urbano

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