È sempre estar cansada,
De nunca ficar parada,
Ter sempre o que fazer,
É engulir quase inteiro,
É não demorar no banheiro
E aprontar sem se ver.
É acordar de madrugada,
E não dormir quase nada
Se um filho adoecer...
De novo ler estorinhas,
Os contos da carochinha,
Para o filho adormecer.
E interromper a leitura
Quando esta no melhor dela
Para o filho entender.
É inventar pratos “mil,
Se um filho com fastio,
Inventar de não comer.
É estudar outra vez
Para os filhos aprender...
Outra vez brincar de “roda”
E atrás da bola correr.
E estar por dentro da “moda”
Quando a filha crescer.
É ouvir músicas chatas
E esquecer as serenatas
Que só lhe dava prazer,
É curtir uma quadrilha
Quando então é sua filha
Que vai dançar pra valer.
Ser mãe,
É virar uma semente,
Para viver novamente.
Quando os filhotes crescerem.
Rachel Urbano
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