segunda-feira, 18 de maio de 2009

NOITE FRIA *** O MOACIR Nasceu


Noite fria
O Moacir nasceu

Hoje faz um frio maldito,
Sentada á varanda esquento-me ao sol,
Sinto meu corpo um pouco estranho,
Ainda não é tempo de meu filho nascer
Mas minha alma regozija com a ardente cobiça de tê-lo.

Experimento a doce sensação de bem estar,
Uma euforia aprazível, presinto o que irá acontecer,
Afável ilusão de meus sentidos perturbados
Opera em mim o desejo de rezar,
Uma contração forte faz meu ventre estremecer.

Ao cair da tarde, o crepúsculo desdobra sobre a cidade!
Sentada à varanda, defronte ao jardim.
Medito espero, Sinto nisso um grande prazer.
O meu José chegará, o meu primogênito.
Depois dele virá, o meu Benjamim.

Estou impaciente, o Urbano tarda a chegar,
Examino com indefinido júbilo a minha barriga,
De repente uma idéia insinua em mim,
Não será em setembro que ele virar a luz,
Será hoje que nascerá o meu anjo querubim.

Lindo gentil infante, oh! Meu filho nasceu.
De hoje em diante reorganizarei a minha vida,
Amarei com afável ternura as minhas crias,
Procurarei com afinco conhecer os seus anseios.
Como reza o ditado, seus filhos são suas pregas, confia!

Rachel Urbano

Sem comentários:

Enviar um comentário