segunda-feira, 22 de março de 2010

COSMOGÊNESE e a Linguagem simbólica do Universo O PONTO e o CÍRCULO

COSMOGÊNESE e a Linguagem simbólica do Universo O PONTO e o CÍRCULO


FONTE: PÁGINAS DE ANAIS PRÉ-HISTÓRICOS, ESTUDADOS POR H. BLAVATSKY

Quando defronte de H. Blavatsky os Tibetanos lhe colocaram vários manuscritos arcaicos, compostos por uma colecção de folhas de palma que eram impermeáveis à água e imunes à acção do fogo e do ar, por processo específico desconhecido, ela olhou a primeira página e só viu um disco de brancura sem mácula, destacando-se sobre um fundo de um negro intenso, e na página seguinte aparecia o mesmo disco, mas com um ponto no centro.

H. Blavatsky começou assim o estudo dos acontecimentos que se desenrolaram desde que “o Espaço e a Eternidade estava, uma vez mais, em Pralaya”, isto é, quando o “TODO INFINITO” se encontrava no período de “Repouso” de uma das Sete Eternidades: que significa a duração de tempo em que o Todo Infinito se recolhe em Si mesmo e que é, também, o significado da “Noite de Bhrama”. A explicação deste Estado está descrita nas estâncias do Livro de Dzian.

O apoio incondicional dos Mestres para quem H. Blavatsky trabalhava, deram-lhe o conhecimento e a acessibilidade necessários para desvendar esses e muitos outros misteriosos símbolos, iniciando o enorme, o Gigantesco TRABALHO, que a levou através de uma devoção sem limites, a dedicar a vida inteira até á hora de sua morte, que se deu quando o Trabalho estava concluído. Devemos-lhe isso, e ainda o grande sacrifício na luta que toda a vida travou com todas as instituições que NÃO DESEJAVAM QUE TAL VERDADE FOSSE TRAZIDA AO CONHECIMENTO DO HOMEM.

A primeira figura de - “um disco de brancura sem mácula, destacando-se sobre um fundo de um negro intenso” (sabem todos aqueles que se dedicam a estes estudos) que representa o “Cosmos e a Eternidade em estado de Pralaya”, ou seja, representa: - o estado de descanso do TODO INFINITO, antes do despertar da Energia e antes da emanação do Verbo em sistemas posteriores.

A página seguinte, onde aparece “um ponto no centro do círculo”, até então imaculado, significa que o “Espaço e a Eternidade que estavam em Pralaya”, iniciaram de novo a “Aurora da Diferenciação.”ou o Dia de Bhrama.

O ponto dentro do Círculo representa o “Ovo do Mundo”, isto é, o gérme interno de onde se desenvolverá o Universo, o Todo, o Cosmos infinito e periódico. Este gérmen que é latente e activo, reveza-se periodicamente em dois estados.

O Círculo único (parte interior) é a Unidade Divina, de onde tudo procede e para onde tudo retorna: a linha da circunferência, é um símbolo forçosamente limitado, porque limitada é a mente humana, e indica a PRESENÇA abstracta e sempre Incognoscível e o seu plano, a Alma Universal, embora os dois sejam um. Sendo branca a superfície do disco e negro todo o fundo que o rodeia, isso mostra que esse plano é o único conhecimento que ao homem é dado alcançar, por agora. No plano têm origem as manifestações manvantáricas, porque é naquela ALMA que, durante o Pralaya, dorme o Pensamento Divino, no qual jaz oculto o plano de todas as cosmogonias e teogonias futuras:

É a VIDA UNA:

a) Eterna, invisível - mas omnipresente;

b) Sem princípio nem fim, mas periódica em suas manifestações regulares, em cujos intervalos reina o profundo mistério do Não-Ser.

c) - Inconsciente – mas de Consciência absoluta;

d) Incompreensível - mas a única realidade existente por Si mesma;

e) em suma, "um Caos para os sentidos - um Cosmos para a razão".

O seu atributo único e absoluto, - é “Ele mesmo”, = “o Movimento eterno e incessante”, que é chamado, esotericamente, o “Grande Alento” e que é o “Movimento Perpétuo do Universo”, no sentido de Espaço sem limites e sempre presente.

Diz-se que o que é imóvel não pode ser Divino. Mas, de facto, e na realidade, nada existe absolutamente imóvel na Alma Universal.

Desde o começo do que constitui a herança do homem, desde o primeiro aparecimento dos arquitectos (=os Seres Primevos) do globo em que vivemos, a Divindade não revelada foi reconhecida e considerada sob o seu único aspecto filosófico, como:

o Movimento Universal, a vibração do Alento criador na Natureza.

O Ocultismo sintetiza assim a Existência Una:

"A Divindade é um fogo misterioso vivo (ou movente), e as eternas testemunhas desta Presença invisível são a Luz, o Calor e a Humidade", - tríade esta que abrange todos os fenómenos da Natureza, sendo a sua causa.

*O movimento intra-cósmico é eterno e incessante;

*O movimento cósmico, aquele que é visível ou objecto da percepção, é finito e periódico.

*Como eterna abstracção, é “O Sempre Presente”;

*Como manifestação, é finito, na direcção do futuro e na direcção do passado, sendo estes dois o Alfa e o Omega das reconstruções sucessivas.

*O Cosmos — não tem nada que ver com as relações causais do mundo fenomenal. Só tem em relação à Alma intra-cósmica, ou seja, ao Cosmos ideal no imutável Pensamento Divino, de que podemos dizer:

"Jamais teve começo, nem jamais terá fim."



*Quanto ao seu corpo ou organismo cósmico, ainda que se não possa dizer que haja tido uma primeira construção ou deva ter uma última, em cada novo Manvantara(=muito longo período em anos) de duração, pode esse organismo ser havido como o primeiro e o último de sua espécie, pois evoluciona cada vez para um plano mais elevado...



"A Doutrina Esotérica ensina, tal como o budismo e o bramanismo, e também a Cabala, que a Essência una, infinita e desconhecida existe em toda a eternidade, e que é ora activa, ora passiva, em sucessões alternadas, regulares e harmónicas.



E na linguagem poética de Manu, chamam-se esses estados de “Dias e Noites de Brahmâ”. Quando Este se encontra 'desperto' ou 'adormecido'.



MariaHelena

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