segunda-feira, 17 de maio de 2010

PRÁTICA DE MAGIA ou Moderna Feitiçaria – Um caso real passado em Boston, em 1976 – uma cena de magia presenciada por milhares de pessoas dentro de uma Igreja

PRÁTICA DE MAGIA ou Moderna Feitiçaria – Um caso real passado em Boston, em 1976 – uma cena de magia presenciada por milhares de pessoas dentro de uma Igreja


Tive oportunidade de arranjar esta noticia, por uma amiga do E.U.A. Este e mais alguns, são casos reais que por serem testemunhos vivos, eu traduzi para colocar aqui, por serem uma prova real da existência daquelas forças de que se fala mas não se veêm

NOTICIA
Os paroquianos da respeitável igreja da rua Arlington, em Boston, viram e ouviram muita coisa ao longo dos anos. Afinal, é em seu altar que o evangelho unitário de um deus único, e não tríplice, tem sido transmitido de geração em geração. Foi ali também, numa crise agora remota, que o abolicionista William Ellery Channing protestou contra os malefícios da escravatura. E, um século depois, seria nessa mesma igreja que vários manifestantes exteriorizariam o seu protesto contra a intervenção americana no Vietname.

Contudo, é possível pensar que nem mesmo paroquianos com tanta tradi¬ção e audácia teriam sido capazes de prever a incrível cena que ocorreu nessa igreja numa sexta-feira de Abril, no ano de 1976. Naquela noite, quando as luzes da igreja diminuíram e o som cristalino de uma flauta se espalhou por entre mais de mil mulheres ali reunidas, quatro feiticeiras, cada uma delas empunhando uma vela, colocaram-se ao redor do altar. Com elas encontrava-se uma alta sacerdotisa da magia, Morgan McFarland, filha de um ministro protestante. Numa voz clara e firme, McFarland proferiu um longo encantamento cujos místicos ecos pareciam realmente muito distintos da doutrina que os paroquianos unitaristas estavam habituados a ouvir:

Excerto da Invocação da Maga:

"No momento infinito antes do início do Tempo, a Deusa se levantou em meio ao caos e deu a luz a Si Mesma (...) antes de qualquer nascimento (...) antes de seu próprio nascer. E quando separou os Céus das Águas e neles dançou, a Deusa, em Seu êxtase, criou tudo que há. Seus movimentos geraram o vento, o elemento Ar nasceu e respirou."



Enquanto a alta sacerdotisa prosseguia em seu cântico, descrevendo sua própria versão da criação do mundo, suas companheiras de altar começaram a acender as velas, uma após a outra — a primeira para o leste, depois para o sul, o oeste e, por fim, para o norte. As palavras de MacFarland repercutiam, ressoando diante de todos como se fossem ditas pela voz de uma antiga pitonisa, uma voz que invocava a grande divindade feminina que, segundo afir¬mavam as sacerdotisas, havia criado os céus e a terra. No seu canto, MacFarland rememorava o dia em que a deusa criara a primeira mulher e lhe ensinara os nomes que deveriam ser eternamente pronunciados em forma de oração:

"Sou Ártemis, a Donzela dos Animais, a Virgem dos Caçadores. Sou Isis, a Grande Mãe. Sou Ngame, a Deusa ancestral que sopra a mortalha. E serei chamada por milhares de nomes. Invoquem a mim, minhas filhas, e saibam que sou Nêmesis."

Tudo isso ocorreu durante uma convenção de três dias, cujo tema era a espiritualidade feminina. Apesar de recorrer a elementos familiares tais como velas, túnicas e música, essa foi a prece menos ortodoxa que já ecoara pelas paredes de arenito da igreja da rua Arlington. A cerimónia deve ter sido contagiante, pois no final a nave da igreja estava repleta de pessoas dan¬çando e quase mil vozes preenchiam aquele local majestoso e antigo unidas em uma só cantilena que dizia:

"A Deusa vive, há magia no ar. A Deusa vive, há magia no ar."

Para muitos especialistas que pesquisam a história da feiti¬çaria, aquela deusa invocada durante a cerimónia, uma deusa cuja dança arrebatada teria urdido o vento, o ar e o fogo e cujo riso, afirmava-se, instilara a vida em todas as mulheres, não poderia, de modo algum, ter existido no momento da criação, porque nasceu e re¬cebeu a sua aparência, tanto quanto sua personalidade, de uma imaginação absoluta¬mente moderna. Sua origem histórica, afirmam os cépticos, limita-se a poucos traços co¬lhidos de concepções um tanto nebulosas relacionadas com divindades da Europa pré-cristã, concepções estas que teriam sido intencional¬mente rebuscadas com deta¬lhes teatrais para adequar-se aos ritos e cerimónias.

Porém, para muitos praticantes da Magia, a sua Grande Deusa é realmente um ancestral espírito criador, cultuado na Europa e no Oriente Próximo muito antes da intro¬dução do Deus cristão. Acreditam que a deusa tenha sobrevivi¬do aos séculos de perseguição ocultando-se nos corações de seus adoradores secretos, filhos e filhas espirituais que foram condenados á tortura e à fogueira da Inquisição devido a suas crenças. E agora, dizem, a deusa emerge mais uma vez, aberta¬mente, inspirando celebrações nos redutos daquela mesma reli¬gião organizada que anteriormente tentara expurgar tudo que estivesse relacionado com ela e seus seguidores.

Seus modernos adeptos não têm a menor dúvida quanto à antiguidade de sua fé. Ser um feiticeiro, afirma um deles, é

"en¬trar em profunda sintonia com coisas que são mais antigas do que a própria espécie humana".

E, realmente, até certos não-iniciados declaram perceber nesse movimento dos praticantes de magia uma força invisível que anima o universo. Uma mulher que classificou os ensinamentos e ritos da magia como "meras palavras, sem qualquer significado", disse no en¬tanto que, quando compareceu ao local no qual as magas se reuniam, sentiu uma força que parecia pairar além dos limites da razão. "Sinto uma corrente", confessou em carta a uma ami¬ga, "uma força que nos cerca. Uma força viva, que pulsa, flui e reflui, cresce e desaparece como a lua (...) não sei o que é, e não sei como usá-la. É como quando se está bem perto de uma corrente eléctrica, tão perto que se pode até ouvir seu zumbido, seu estalo, mas sem conseguir conectá-la."

Hoje, contudo, milhares de homens e mulheres que levam uma vida comum, afora essa busca, acreditam estar conectando essa corrente e extraindo energia daquilo que Theo-dore Roszak define como "a fonte da consciência espiritu¬al do homem". No decorrer desse processo, estes que se proclamam neo-pagãos des¬cobrem — ou, como dizem alguns deles, redescobrem — o que afirmam ser uma reli¬gião ancestral, uma religião cuja linguagem é a do mito e do ritual, cuja fé professa a realidade do êxtase e é difícil de ser definida, uma religião de muitas divindades e não de apenas um só Deus.

Esses modernos adora¬dores da natureza, tal como os pagãos de eras passadas, não separam o natural do so¬brenatural, o ordinário do extraordinário, o mundano do espiri¬tual. Para um neo-pagão, tudo pertence a um mesmo todo. Cal¬cula-se que o número de neo-pagãos alcance um número aproximado de 100 mil ou mais adeptos nos Estados unidos, formando uma irmandade que se reflecte na verdadeira explo¬são de festivais pagãos iniciada na década de 70. No final da década de 80, havia mais de cinquenta desses festivais nos Estados Unidos, atraindo uma plateia que reunia desde os adeptos mais radicais até aos meros curiosos.

Segundo Margot Adler, autora de Atraindo a Lua, um livro que documenta a ascensão do neo-paganismo, tais festivais "mudaram comple¬tamente a face do movimento pagão e estão gerando uma comunidade pagã nacional. Adler afirma que esse grupo abrange pessoas cujo perfil social inclui desde tatuadores e estivadores até banqueiros, advogados e muitos profissionais da área de informática.

Esta é uma noticia que nos dará que pensar, para os templos que correm, cujo nosso saber, é já diferente da geração de 70; hoje podemos apreciá-la de forma diferente da mentalidade dos anos 70, nosso crescimento espiritual tem sido acelerado, pois assim está escrito nas leis Divinas incriadas e por isso inalteráveis.

Que cada um de nós tire daqui a ilacção que sua mente, seu conhecimento e seu coração lhes permitirem.

MariaHelena

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