sábado, 23 de janeiro de 2010

O SONO E O DESPERTAR DA ALMA


O SONO E O DESPERTAR DA ALMA


O sono da alma, como referimos no texto anterior, pode ser perturbado por vários motivos.

- Uma alma que “tem algo em mente” para comunicar ou se sente magoada pela dor que deixou, e ouve as lamentações constantes, dos que aqui deixou, sacode o seu sono e faz desesperadas tentativas para voltar; esforça-se para lhes corresponder, seja de que maneira for; são estas almas meio-despertas que muitas vezes se manifestam nos círculos espíritas. o nosso egoísmo causa-lhes muita dor e desassossego, assim o afirma o nosso mestre quando diz: “se pudessem observar o sofrimento que estão causando a estas almas, todos se arrependeriam sinceramente”.

E acrescenta: “Devem evitar tudo o que possa perturbar o progresso dos desencarnados; deixai-os dormir e descansar, aguardando em sossego a hora da sua transformação; agir de modo diferente é fazê-las passar pelo processo da morte várias vezes, uma após a outra. Este período do sono da alma é como a existência da criança no útero da mãe: - está dormindo para poder acordar e entrar na vida com o necessário vigor.”

Ainda há outra fase neste grau do progresso da alma, que coloco aqui, apenas para confirmar o que já muitas pessoas falam:

--Apenas a alma da pessoa que faleceu de morte natural é que adormece imediatamente se… não for perturbada.

--Aqueles que morreram por acidente, assassinato, execução ou morte repentina, ficam por algum tempo bem acordados e em plena posse de suas faculdades mentais. Quantas vezes, afirma o Mestre, essas almas sofrem uma dor intensa por não perceberem o que o que aconteceu; porque eles podem ver e ouvir tudo o que se passa em seu redor e não compreendem porque não podem inter-agir com as pessoas.

Mas o Mestre acalma-nos dizendo que esta situação dura pouco tempo, graças aos “Auxiliadores Astrais”, que são almas abençoadas de estados Superiores de Existência, que se aproximam deles e delicadamente os advertem da sua verdadeira condição, os consolam e “cuidam” deles até que o sono se apodere dessas almas despertas; estes auxiliares nunca faltam com sua assistência, seja a uma alma “boa” ou “má”, porque eles sabem que todos são “filhos de Deus”.

--Falta uma última menção, neste estado da alma, antes do adormecer. É o processo ou fenómeno de nesse momento “reviver” mentalmente toda a vida passada, desde a infância á velhice, desde o incidente mas insignificante até ao acontecimento mais importante, que são reproduzidos com toda a minúcia e fidelidade; e tudo isso, explica o Mestre, ocupa apenas um diminuto instante, um momento tão breve que se pode denominar um ponto no tempo.

Tudo assim acontece porque os planos subconscientes da memória desenrolam os seus segredos até ao último; nada fica reservado ou retido.

A Alma com o discernimento espiritual despertado, analisa e julga todas as suas acções passadas. Estas acções ficam concentradas e impressas nos registos da alma para ali se tornarem sementes e produzirem melhor fruto no futuro.

Então a Alma adormece em paz no berço da profundeza; o Mestre diz:

“Calma e descanso seguro, no fundo desse grande oceano de vida; paz, segurança e protecção – esta é a condição de sono da alma no plano astral.”


O DESPERTAR

O duração do sono, varia de alma para alma; as de grau menos evoluído passam por este estado muito rapidamente; as de grau mais alto de evolução permanecem neste estado “soniforme” por tempo prolongado.

Durante este estado as almas descartam ou descarregam porções inferiores de sua natureza mental, assim como se descartam do corpo astral e só acordam quando atingem o mais alto grau de desenvolvimento a cada uma possível. Estão, então, capazes de passar aos planos e sub-planos de acordo com o seu grau de desenvolvimento.

É no final deste processo que a alma começa a sentir os impulsos da vida; começa a mover-se vagarosamente, e como a borboleta, desenvencilha-se do corpo astral, descarta os princípios inferiores de sua natureza e recupera a consciência; - em outras palavras - Renasce. Neste momento, ela está livre das cascas e dos envoltórios e abre a vista para as cenas das suas novas actividades e para a nova existência no mundo astral; ficando a habitar o plano a que corresponde o que de melhor e mais alto valor nela existe.

Durante a sua permanência no plano astral, a alma pode fazer grandes progressos, descarregando ali muitos elementos de sua natureza inferior, podendo, desta forma, passar para planos e sub-planos cada vez mais elevados.

Renascendo no plano astral, a alma não tem mais a forma e figura humana. Aqui a descrição é um pouco confusa e eu transcrevo as palavras do Mestre:

“ Então a alma deixou para trás a figura de um ser humano, é agora algo de uma ordem superior de seres aos quais não se pode aplicar os termos “forma” e “figura” porque em planos superiores não são necessários braços nem pernas, nem mãos, nem pés, todos esses instrumentos de uma inferior forma de expressão são desnecessários, aqui a alma é um ser transcendente ás limitações da vida física.”

Fim de citação. Agora, cada um deverá pôr a sua imaginação a trabalhar.

Os corpos astrais descartados pelas almas constituem os chamados “cascões astrais” que descem devido á força da gravitação astral; os planos astrais inferiores estão cheios destes cascões abandonados pelas almas; eles flutuam, têm um aspecto agradável e como têm ainda muita energia, fazem coisas boas e outras muito más, dependo da evolução da alma que os descartou; se não forem solicitados acabam por se desintegrar. No entanto, as pessoas terrestres que fazem experiencias psíquicas, sem conhecimento da verdadeira ciência espiritual, ao entrarem nos planos inferiores do astral apanham com coisas muito desagradáveis que acontecem na dita região e que são da autoria destes cascões que já nada têm em comum com a alma que os descartou.
Para terminar, acho que é agradável saber que “no além” a alma, fica livre de tudo o que pode retardar ou impedir a sua evolução, podendo desenvolver as qualidades e características que representam o que nela há de melhor e mais verdadeiro, seguindo os princípios da evolução que sempre atrai para cima e para diante, tendo como alvo de desenvolvimento a PERFEIÇÃO.

MariaHelena

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