sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A MORTE E A TRANSIÇÃO DA ALMA


A MORTE E A TRANSIÇÃO DA ALMA


Este é um assunto em que vale a pena insistir devido á quantidade de ensinamentos que opinão sobre o assunto.

Como esta é uma matéria que desde muito cedo me interessou, como interessa a quem se dedica ao estudo esotérico e não só, aprofundei os diversos ensinamentos e as diversas teorias de escolas e grupos, colocando-os em comparação com o esclarecimento e ensino de nossos mestres; ensino colhido pedaço a pedaço, neste e naquele livro, que levaram á conclusão de que este estudo, além de sua origem confiável, têm mais racionalidade do que quaisquer outros. Por isso, optei por, apenas, fazer referência aos dos nossos Mestres.


-A morte física:

A morte física, como sabemos, é a cessação de todas as funções orgânicas. Aqui, nada mais é necessário acrescentar porque todos sabemos isso. Mas vale a pena Perguntar:

Porque existe tanto temor á morte?

Sabemos, e não é preciso explicar, que qualquer um de nós teme o desconhecido; por isso, o temor á morte provém do desconhecimento sobre o processo, pós-morte.

E essa ignorância provém do facto de nossa consciência estar adormecida.

Mas assim que ela desperta, a ignorância desaparece e o temor ao desconhecido deixa de existir.

A morte é profundamente significativa.

Descobrindo o que ela é em si mesma, também descobriremos o segredo da vida.

O que se passa com a Alma imediatamente depois de abandonar o corpo físico?

Há muita gente, que devido ás muitas teorias que circulam, imagina que a Alma no processo pós-morte, simplesmente sai do corpo e imediatamente entra num novo mundo de actividade, num local de estranhas e misteriosas cenas, onde vão encontrar todos os seres que lhes eram caros e que os precederam, pensando numa grande reunião de amigos e parentes.

Em alguns casos, segundo o Mestre Djwhal khul, há algo de parecido com estas ideias, mas a maioria das condições são totalmente diferentes para a alma que acaba de desencarnar.

Vejamos o processo segundo os esclarecimentos deste Mestre:

Quando a pessoa se aproxima da transição deste plano de vida para o outro, sente um gradual embotamento dos sentidos físicos; algo que se assemelha á luz chamejante de uma vela que se vai aproximando da extinção. Em muitos casos é este fenómeno que indica a chegada da morte.

Mas em numerosos casos, enquanto os sentidos físicos perdem as forças, os sentidos psíquicos despertam cada vez mais; é uma ocorrencia frequente; a clarividencia acompanha muitas vezes a aproximação da morte. Há exemplos de pessoas que nessa ocasião projectam o seu corpo astral com tanta força que conseguem ir para junto dos parentes e amigos, tanto perto como a longas distâncias, conseguindo que vejam a “sua forma”. Disto temos conhecimento por vários relatos. Casos destes também acontecem já depois da morte do corpo físico.

Nesta transição, o corpo astral separa-se gradualmente do seu duplo físico. – este duplo é o corpo físico e o corpo etérico ou vital - .

Já sabemos que o corpo astral é uma imagem exacta do corpo físico e durante a vida os três permanecem sempre unidos, este apenas se separa dos outros dois no momento da morte .

Então, começa a trabalhar na execução de um envoltório que protegerá a alma; transformando-se em matéria extremamente subtil.

Durante algum tempo, fica unido ao corpo físico por um ténue fio de prata ou corda de substância astral, até que esse cordão se parte e o corpo astral voa para fora, sempre habitado pela alma.


A alma tendo abandonado o corpo físico envolta neste novo “corpo astral”, cai num sono profundo, também chamado “comático”, semelhante ao sono do feto, alguns meses antes do seu nascimento. Este sono a prepara para o seu “renascimento no plano astral”, pois precisa de tempo para se acostumar e poder adaptar-se ás novas condições; ela precisa obter força e vigor necessários á nova fase da sua existência.

O nosso Mestre chama-nos a atenção para esta analogia da Natureza:

- o nascimento no mundo físico e no plano astral têm muitos pontos de semelhança, e ambos são precedidos pelo estado de coma. Durante esse período, parecido com o sono, a alma acha-se no “corpo astral” que lhe serve de involucro e de protecção do mesmo modo que o útero serve de protecção á criança que está para nascer.
Neste processo, dorme em paz não sendo perturbada por influências externas, contra as quais está protegida. Há, porém, dois casos que o Mestre acentua: duas espécies de “estado soniforme” (=tranquilidade) da alma a que se pode, diz Ele, dar o nome de sonhos.

Estes sonhos são produzidos por duas espécias de causas:

1ª – um intenso desejo que enchia a mente moribunda, quer seja amor, ódio, tarefas ou deveres não cumpridos.

2ª – os fortes desejos e pensamentos dos entes queridos, em relação com a alma desencarnada, devido ao amor ou outro forte apego.

Uma ou ambas as causas produzem na alma adormecida um enorme desassossego, atraindo-a para as cenas terrestres, umas vezes numa espécie de telepatia e outras numa espécie de sonambulismo que as aproxima da vida física.

As almas, atormentadas pelos laços terrenos, aparecem como os chamados “fantasmas” ou nas sessões mediúnicas, ficando presas á Terra por tempo indefinido. Só muito tempo depois, quando muito cansadas, voltam a cair no abençoado sono que as levará ao próximo renascimento no mundo astral.

No próximo texto: O SONO E O DESPERTAR DA ALMA

MariaHelena

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